O livro tem essa capa abaixo:
Poema classificado no concurso Literário, cuja premiação foi a publicação. Leia e deixe seu comentário aqui no blog
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O poder
Queremos o poder,
Esse mesmo, o poder.
O poder que me faz poder ser, apodrecer
O poder que me faz ser homem
O poder do carrasco
Das forças e entranhas
O poder que eu tenho,
O poder que você tem,
O poder que desejo,
Que está ai, no intimo do seu peito
O poder de sempre e de nunca
O poder de tudo e de nada,
O poder que me impressiona
Me leva em suas mãos,
Que me escraviza.
O poder, o dono do meu ser,
O senhor da minha vida,
Queremos o poder
Mas não esse poder
O poder de poder.
Queremos o poder,
O poder de falar,
O poder de ser (o poder)
Lutamos, corremos
Precisamos poder,
Precisamos, sonhamos
E o alvo é o poder, é poder.
Almejamos riquezas, honra, fama
Eis a questão: poder ou não poder ser.
Construímos, destruímos
O tempo passa
E tudo que fizemos
É para isto ou aquilo
É para o nada
Não somos o que somos,
Somos alienados, formatados.
Estamos presos, escravos modelados, mutilados, acomodados.
Queremos o poder
Mas não esse poder,
O poder que me faz ser tudo,
O poder que me faz ser nada
Referência:
SANTOS, Joselino Rodrigues. O Poder. In RAMOS, Ricardo Tupiniquim.(org.).
Revelações Literárias: contos, Crônicas e Poemas. Editora EDUNEB, Salvador, 2012.
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