Desde o inicio do ano estou dedicado a tornar a biblioteca do Colégio Joaquim Marques de Veredinha mais atrativa para os leitores que dela faz uso. Iniciamos uma campanha buscando doações da sociedade civil e de algumas Editoras e já conseguimos muito, muitos livros mesmo. Livros de todos os gêneros e de indicativa para todas as idades, literários e Científicos.
Somente de uma Editora, a Editora Evoluir conseguimos uma doação de 50 exemplares de livros, sendo de 25 títulos diferentes.
A nossa necessidade agora é ter um local adequado para alocar todos esses livros novinhos para o uso de todos os estudantes, visto que, a biblioteca funciona de forma improvisada. Roguemos para que a iniciativa politica de nossa cidade se sensibilize com a situação e trabalhe para continuarmos sonhando e conquistando melhorias na educação Pública.
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quarta-feira, 16 de novembro de 2016
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
Noções de História da Língua Portuguesa
Noções de História da Língua Portuguesa
LIÇÕES DE PORTUGUÊS
ROTEIRO DE ESTUDOS 1
I – TEMA: Noções de História da Língua Portuguesa
II – PRÉ-REQUISITOS: Ler compreensivamente
III – META: As atividades deste roteiro de estudo
foram organizadas com o objetivo de permitir a localização histórica e
geográfica da Língua Portuguesa através dos tempos, desde a sua origem até aos
dias atuais.
IV – PRÉ-AVALIAÇÃO: Antes de ler as Atividades de
Estudos, responda às questões propostas na Auto-Avaliação. Ela é o termômetro
que vai medir a profundidade do seu conhecimento quanto ao assunto desta lição.
Se você obtiver um mínimo de 80 pontos, parabéns! Você não precisa estudar esta
lição. Caso contrário, aconselho que leia com bastante atenção as atividades de
estudo, procurando entender as explicações dadas, referentes às questões que
você não respondeu corretamente.
V – ATIVIDADES DE ESTUDO: Ler com entendimento é
pré-requisito para se aprender qualquer coisa através da leitura. Portanto,
faça o seguinte:
1. Tenha um dicionário de Português ao seu alcance
para consultá-lo sobre as palavras que você desconhece o sentido.
2. Leia sem pressa. Procure um lugar sossegado para
ler os textos e fazer os exercícios. Lembre-se: a pressa é inimiga da
perfeição! Aquilo que você entender, jamais esquecerá!
3. Leia primeiro os textos; faça os exercícios logo
em seguida, seguindo a ordem dos Anexos; compare suas respostas com o gabarito;
veja o que errou e retorne ao texto para verificar o porquê do erro.
VI – PÓS-AVALIAÇÃO: Após ter feito a leitura
compreensiva dos textos e feitos os exercícios, responda às questões da
avaliação proposta na Pré-Avaliação. Creio que agora você acertará todas. Caso
isso não aconteça, consulte as orientações dadas nas Atividades Suplementares.
VII – ATIVIDADES SUPLEMENTARES: Se você não
conseguiu alcançar 80 pontos na Pós-Avaliação, não desanime. Volte à leitura
dos textos. Sem pressa. Tenha ao seu lado um dicionário para consultar o
significado de algumas palavras que você não conhece. O dicionário não é o “pai
dos burros” e sim, dos inteligentes, pois são os inteligentes que não perdem
tempo (e nem dinheiro!). A leitura com entendimento é a base da aprendizagem.
ANEXO A – O LATIM E AS CONQUISTAS ROMANAS
A língua portuguesa originou-se do latim, que era a
língua oficial do antigo Império Romano.
De início, simples falar de um povo de cultura rústica,
que vivia no centro da Península Itálica, (o Lácio, veja no mapa), a língua
latina, veio com o tempo, a desempenhar um papel importante na história da
civilização ocidental.
Foram as vitórias do exército romano e o espírito
de organização de seus líderes políticos que ampliaram e consolidaram o
enorme império que, no auge de sua expansão, ia da Lusitânia à Mesopotâmia, e
do Norte da África à Grã-Bretanha (veja o mapa).
Ao mesmo tempo em que estendiam os seus domínios,
os romanos levavam seus hábitos de vida, as suas instituições, os padrões de
sua cultura. Em contato com outras terras, outras gentes e outras civilizações,
ensinavam, mas também aprendiam. Aprenderam, por exemplo, muito com os gregos.
Por isso é que até hoje, temos palavras de origem grega incorporadas ao léxico português.
Vocabulário
Rústica – tosca, simples, primitiva
Consolidaram – do verbo consolidar; tornar sólido,
seguro, firme
Léxico – conjunto de palavras usadas numa língua
EXERCÍCIOS
Responda a questão abaixo, tomando por base o texto
acima.
Coloque V ou F, nos parênteses, conforme seja
verdadeira ou falsa a afirmação:
a. ( ) A língua portuguesa originou-se
do latim que era a língua oficial do Império Romano.
b. ( ) O latim sempre foi uma língua
erudita falada inicialmente pela elite dos povos que habitavam a Península
Itálica.
c. ( ) O latim foi uma das línguas que
mais influenciou a história dos povos ocidentais.
d. ( ) Os romanos conseguiram ampliar e
firmar seu poder e seu império geográfico graças ao seu espírito de
organização política, mas não conseguiram impor aos povos conquistados a
sua língua e a sua cultura.
e. ( ) A maioria das palavras que
usamos hoje, no português, é de origem latina e grega.
ANEXO B – O LATIM CLÁSSICO E O LATIM VULGAR
Podemos distinguir duas formas no latim: O Latim
Clássico ou Literário, que era usado pelas pessoas cultas e pela
classe dominante (poetas, filósofos, políticos) e o Latim Vulgar,
que era a língua utilizada pelas pessoas do povo. Isto começou a acontecer a
partir do século III a.C., por causa da influência da cultura grega sobre os
romanos.
O Latim Clássico, escrito e falado com intenções
artísticas, foi sendo aperfeiçoado até atingir uma perfeição tal que foi se
distanciando cada vez mais do outro latim, o vulgar, que era usado na
comunicação diária pelos mais variados grupos sociais da Itália e de outras
localidades.
Foi esse latim (o vulgar), falado pelo povo e
principalmente pelos soldados romanos, que chegou às regiões conquistadas da
Península Ibérica (atualmente Portugal e Espanha) e que deu origem às chamadas
línguas românicas.
Vocabulário
Literário – relativo à literatura; latim literário
refere à linguagem usada para
compor trabalhos em prosa e verso
vulgar – trivial, popular
EXERCÍCIOS
Responda às perguntas abaixo, tomando por base o
texto do Anexo B.
1. O que você entende por Latim Clássico?
2. O que era o Latim Vulgar?
3. Por que havia dois tipos de Latim?
4. O que você entende por línguas românicas?
ANEXO C – AS LÍNGUAS ROMÂNICAS
O domínio cultural e político dos romanos no mundo
conhecido, a partir do século III a.C., impôs aos povos conquistados,
principalmente a sua língua.
É fácil concluir que, falado em tamanha área geográfica,
por povos e raças tão diferentes, o latim vulgar não poderia conservar sua já precária unidade.
Nas cidades mais importantes, o latim ensinado e mais difundido era o latim
clássico ou padrão literário. Mas no campo, vilas e aldeias, a língua tomava outra feição.
Misturando-se aos outros falares existentes, deu origem a vários dialetos que
foram chamados de romanços.
Esses dialetos foram, com o tempo, modificando-se
até se transformarem em novas línguas. A partir do século III d.C. podemos
afirmar que o latim não mais existia como unidade linguística do Império
Romano.
Damos o nome de neolatinas às
línguas que se originaram do Latim Vulgar. Entre elas podemos citar o espanhol,
o francês, o italiano, o romeno e o português.
Vocabulário
Precária – débil, delicada, frágil
Feição – forma, aspecto, jeito
Dialeto – variedade regional de uma língua
EXERCÍCIOS
Complete as lacunas:
a) Os _______________ dominaram o
mundo conhecido a partir do século III a.C.
b) A língua oficial dos romanos, o
__________ espalhou-se por uma grande área geográfica por causa das
______________ do exército romano.
c) O latim ensinado e mais
difundido nas cidades mais importantes era o ________________, enquanto que o
latim _____________ era falado pelos camponeses e soldados.
d) A mistura do latim vulgar com os falares dos
povos conquistados deu origem a vários _________________ chamados
___________________
e) Os dialetos originados do _________ Vulgar, que
se transformaram em língua, são conhecidos, hoje, como línguas ____________________
f) As línguas neolatinas mais conhecidas
são:_______________, ______________, _________________, ______________ e
_________
ANEXO D – A LÍNGUA PORTUGUESA PRIMITIVA E SUA
EXPANSÃO
Os romanos chegaram à Península Ibérica
durante o século III a.C.
Não se sabe muita coisa a respeito dos povos que a
habitavam nesse tempo. Havia uma grande mistura racial: celtas,
fenícios, gregos. Como vimos anteriormente, os romanos, como povo conquistador,
impunha aos povos conquistados sua cultura e, principalmente, sua língua.
A romanização da Península Ibérica foi se
processando aos poucos, mas de maneira permanente, de modo que, mesmo após a
queda do Império Romano, a língua já se encontrava enraizada entre os povos que
a habitavam. Outros povos dominaram a Península Ibérica depois dos romanos: os
germânicos (vândalos, suevos, alanos e visigodos) e os árabes.
Mas nenhum desses conseguiu fazer desaparecer os
fortes traços da civilização romana, principalmente os da
língua.
Foi durante o domínio árabe que se acentuaram as
características dos romanços falados na Península Ibérica. Na região
compreendida entre o Rio d’Ouro e Minho havia uma unidade lingüística que
se conservou homogênea até meados do século XIV – o
galego-português. Datam do século XIII os primeiros documentos que chegaram até
nós redigidos em galego-português. A partir daí é que se inicia a fase
histórico-documental do português.
O povo ibérico que surgiu (portugueses e espanhóis)
herdaram dos romanos, além da língua, o gosto pelas conquistas. Os portugueses
ampliaram enormemente o império da sua língua, que foi levada para os
territórios que iam sendo conquistados. A expansão marítima levou a língua
portuguesa a vários cantos do mundo:
Europa – Portugal, Ilhas dos Açores e Ilha da
Madeira
Ásia – Macau, Goa
África – Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Ilhas do
Cabo Verde, São Tomé e Príncipe
América – Brasil
Oceania – Timor Leste
A língua portuguesa é falada por aproximadamente
duzentos milhões de pessoas, o que equivale dizer que ocupa o 5º. lugar entre as
línguas mais faladas no mundo.
Vocabulário
Península – porção de terra cercada de água por
todos os lados, menos por
um lado, que o liga à outra porção maior de terra.
Racial – relativo à raça; conjunto de
características corporais semelhantes e
transmitidas por hereditariedade.
Traços – vestígios, aspectos, rasto,
características
Homogênea – igual, sem ou com pouca alteração
EXERCÍCIOS.
Informe o que se pede:
1. Região da Europa Ocidental que os romanos
dominaram a partir do século III a.C. _________________________
2. Um dos povos ibéricos que surgiu depois do
domínio romano, germânico e árabe. _______________________
3. Foi durante o domínio _______ que os romanços
mais se acentuaram.
4. Povo que espalhou sua língua pelo mundo através
de viagens marítimas durante o século XV.______________
5. Grupo de povos germânicos que dominou a
Península Ibérica depois dos romanos. ______________
6. Nome da língua primitiva que predominou na
região onde hoje é Portugal até meados do século XIV. ___________
7. Um dos lugares da Ásia onde hoje é falado o
português. _____________
8. Uma das línguas que teve origem no Latim Vulgar.
__________________
9. País da América cuja língua oficial é o
português. ___________________
AUTO-AVALIAÇÃO
Leia o texto abaixo para responder à questão 1.
NÃO EXISTEM LÍNGUAS IMUTÁVEIS
Uma das coisas que aprendemos na escola é que o
Português veio do Latim. Ou seja, que o Português é uma língua que não foi
sempre o Português, não foi sempre como é.
Se estudássemos um pouco mais esse tipo de assunto
aprenderíamos que também o Latim é uma língua que veio de outras línguas, e que
o Latim provavelmente não foi a língua falada pelos primeiros seres humanos.
Isto é:
a) o Latim não é uma língua
totalmente pura;
b) o Latim também é uma língua que
não permaneceu sempre igual a si mesma, qualquer que seja o estágio escolhido
para análise;
c) as coisas não terminam
com exemplo em Latim.
Os fatos, grosseiramente, são da seguinte ordem:
1) o Latim nem sempre foi o
Latim de Cícero, César, Virgílio, etc. Antes de sê-lo, foi uma língua “pouco
cultivada”. Em primeiro lugar, apenas falada; em segundo, falada principalmente
por pessoas não cultas, pois não havia “no início” do Latim tais pessoas
cultas, como ocorreu mais tarde;
2) depois de ter sido a
língua de César, Cícero, etc. o Latim mudou tanto que, entre outras coisas,
veio a ser o Francês, o Italiano, o Espanhol, o Português, etc.
Ora, o que ocorreu com o Latim não ocorreu por
castigo ou por azar. Ocorreu com outras línguas, Como o Alemão, o Inglês, o
Grego, o Português. Na verdade, com todas as línguas, e continua ocorrendo. Não
há língua que permaneça uniforme. Todas as línguas mudam. Esta é uma das poucas
verdades indiscutíveis em relação às línguas, sobre a qual não pode haver
nenhuma dúvida.
[…] não há razão de ordem científica para exigir
que alunos – ou outras pessoas – conheçam formas arcaicas, que nunca ouvem e
que são raras mesmo nos textos escritos mais correntes. Dito de outro modo: se
temos claro que as línguas mudam, fica claro também porque os falantes não
conhecem certas formas lingüísticas: é que elas não são mais usadas na época em
que os falantes se tornam falantes. Se não são mais usadas, não são ouvidas. Se
não são ouvidas (e ouvidas muitas vezes), não podem ser aprendidas.
Nós nos acostumamos a pensar que há formas da
língua que não são mais usadas, que só os dicionários registram e, por isso são
chamadas de arcaísmos. Mas nos acostumamos também a pensar que os arcaísmos são
sempre formas realmente antigas.
Ora, isso é um engano. Há arcaísmos mais arcaicos
do que outros. Há muitas formas que nós eventualmente pensamos que ainda
são vivas, porque são ensinadas na escola e por isso são utilizadas
eventualmente, mas, na verdade, já estão mortas, ou quase, porque não são mais
usadas regularmente.
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar
gramática na escola.
1) Coloque F ou V dentro dos parênteses, conforme
sejam falsas ou verdadeiras as afirmações abaixo, de acordo com o ponto de
vista do texto:
a. ( ) O Português, de certo modo, é o
resultado das alterações do Latim.
b. ( ) Mudar é da própria natureza das
línguas.
c. ( ) Os falantes incultos são
responsáveis pela maior parte das mudanças lingüísticas.
d. ( ) Só podem ser espontaneamente
aprendidas as formas lingüísticas vivas.
e. ( ) É arcaísmo a forma lingüística
que deixou de ser usada regularmente.
f. ( ) É arcaísmo a maioria das
formas prescritas pela gramática tradicional.
g. ( ) É verdadeiramente arcaica apenas
a forma dicionarizada como tal.
h. ( ) Arcaísmos são as formas a que os
falantes cultos deixaram de recorrer.
2) Coloque F ou V, conforme seja falsa ou
verdadeira a afirmação:
a.( ) A língua portuguesa originou-se
do latim que era a língua oficial do Império Romano.
b.( ) O latim sempre foi uma língua
erudita falada inicialmente pela elite dos povos que habitavam a Península
Ibérica.
c.( ) O latim foi uma das línguas que
mais influenciou a história dos povos ocidentais.
d.( ) Os romanos conseguiram ampliar e
firmar seu poder e seu império geográfico graças ao seu espírito de
organização política, mas não conseguiram impor aos povos conquistados a sua
língua e a sua cultura.
e.( ) A maioria das palavras que usamos
hoje, no português, é de origem latina e grega.
3. Responda por escrito:
a. O que você entende por Latim Clássico?
b. O que era o Latim Vulgar?
c. Por que havia dois tipos de Latim?
d. O que são línguas românicas?
4. Preencha as lacunas, utilizando algumas das
palavras que se encontram dentro do quadro abaixo:
|
a) Os _______________ dominaram o mundo conhecido a
partir do século III a.C.
b) A língua oficial dos romanos, o ____________
espalhou-se por uma grande área geográfica por causa das
___________________ do exército romano.
c) O latim ensinado e mais difundido nas cidades
mais importantes era o ______________, enquanto que o Latim ____________ era
falado pelos camponeses e soldados.
d) A mistura do Latim Vulgar com os falares dos
povos conquistados deu origem a vários _________________ chamados
_________________
e) Os dialetos originados do _________Vulgar, que
se transformaram em língua, são conhecidos, hoje, como línguas
___________________.
f) As línguas neolatinas mais conhecidas são:
__________________, ________________, ___________________, ___________________
e ___________________.
5. Informe o que se pede:
a) Região da Europa Ocidental que os romanos
dominaram a partir do século III a.C. ________________
b) Um dos povos ibéricos que surgiu depois do
domínio romano, germânico e árabe.__________________________
c) As características dos romanços falados na
Península Ibérica se acentuaram durante o domínio ____________
d) Povo que espalhou sua língua pelo mundo através
de viagens marítimas durante o século XV. ________________
e) Um dos grupos dos povos germânicos que dominou a
Península Ibérica depois dos romanos.__________________
f) Nome da língua primitiva que predominou na
região onde hoje é Portugal, até meados do século XIV.____________
g) Um dos lugares da África onde hoje é falado o
português. ____________________
h) Nome do país da América onde o português é a
língua oficial. __________________
i) Os primeiros registros conhecidos da Língua
Portuguesa datam do século_________
Faça sua auto-correção, atribuindo 2,5 pontos para
cada acerto. Se você obteve um mínimo de 80 pontos, está apto(a) para seguir
em frente. Caso contrário, leia as orientações das Atividades
Suplementares.
LEITURA SUPLEMENTAR
FILHAS DA MESMA MÃE…
Mas, o que é o latim?
Já vimos que a língua é viva e se modifica
constantemente. Por causa dessas modificações, uma língua quase sempre, é o
resultado de alterações de outra falada anteriormente. Esse parentesco permite
reunir as línguas em grupos ou famílias. As línguas européias e algumas
asiáticas, por exemplo, teriam feito parte de um grupo chamado indo-europeu.
Tribos indo-européias teriam ocupado o norte da Itália e desenvolvido ali uma
língua própria, dando origem a algumas variedades lingüísticas. Entre essas
variedades, surge o Latim.
Com o passar do tempo, o latim se impõe às demais
variantes e se torna a língua oficial dos romanos, falada em todo o império. O
latim também tinha suas variantes, e de uma delas – o latim
popular (também chamado de latim vulgar), falado pela
maioria das pessoas – surgem as chamadas língua românicas, dentre as quais
destacamos o português, o espanhol e o italiano. É por isso que essas línguas
são tão parecidas: elas são “filhas” da mesma “mãe”.
AS ORIGENS DA LÍNGUA PORTUGUESA
O povo português resulta da mistura de vários povos
e de suas culturas, por mais de dez mil anos: celtas, iberos, fenícios, gregos,
cartagineses, romanos, germânicos, árabes. Nesse verdadeiro caldo cultural, no
entanto, destaca-se uma influência maior: a dos romanos e de seu império.
Ao chegar à Península Ibérica, por volta do ano 200
a.C., os romanos encontraram povos com idiomas influenciados pelos celtas,
iberos, fenícios, gregos e cartagineses. Sete séculos mais tarde, quando o
império decaiu e a região deixou de ser província de Roma, as legiões de
soldados se foram, deixando para trás todo um povo que, agora, tinha como língua
o latim.
Em certo período de sua longa história – por volta
do ano 600 a 800 d.C. – essa língua passou a ser dividida no que quase
poderíamos chamar de dois “latins” diferentes. Um era o latim clássico,
cuja maior expressão encontrava-se na escrita, embora um número reduzido de
pessoas o utilizassem normalmente. O outro, o latim popular, apenas
falado, era usado pela maioria das pessoas. Do latim popular originou-se a
língua portuguesa.
Quando deixou de ser romana, a região que os mapas
de hoje chamam de Portugal passou a ser dominada por povos de origem germânica
que chegaram por volta do século V e em breve já estavam, também eles, falando…
latim! Os povos da região se unificaram, depois de um longo processo, em torno
do cristianismo. Por isso, quando os muçulmanos ocuparam a península no século
VIII, começou uma série de lutas entre os cristãos (que se refugiaram no norte
da península) e os mulçumanos (centrados no sul).
A história dos séculos seguintes foi a história
dessas lutas, em que lentamente os cristãos iam empurrando a linha de dominação
mulçumana cada vez mais para baixo. Esses cristãos não eram, no entanto, um
bloco único reunido sob um só governante: ao mesmo tempo em que brigavam contra
os mulçumanos, brigavam também entre si. Dessa briga interna nasceu Portugal.
Com a vizinha Espanha, Portugal mantinha uma relação de “amor e ódio”. As
guerras se alternavam com tentativas de unificação em que não faltaram
casamentos entre herdeiros importantes dos dois países. Naqueles tempos, paixão
e afinidade eram coisas que pouco contavam na definição de quem se casaria com
quem…
Espanhóis de um lado, mulçumanos do outro, esses
primeiros portugueses iam construindo a sua história – e a sua língua. O latim
popular falado na época, também chamado romanço, foi passando por várias fases,
adquirindo características regionais, transformando-se em dialetos diversos. Na
Península Ibérica várias línguas e dialetos se formaram a partir do romanço,
como o castelhano, o catalão e o galego-português.
O galego-português foi o ancestral mais próximo do
português contemporâneo. Ele era falado nos atuais territórios da Galiza (uma
região da Espanha) e de Portugal e foi se diferenciando aos poucos. Logo,
já são grandes as diferenças entre o Galego (que se torna um dialeto espanhol
na região da Galiza) e o Português.
Após a independência de Portugal, a língua foi
proclamada como o idioma oficial do país, e o latim bárbaro (correspondente
escrito do romanço) foi banido dos textos jurídicos e governamentais.
No século XVI, a língua portuguesa se uniformiza e
ganha as características do português atual. É o período da expansão lusitana,
com as grandes navegações que levam à colonização do Brasil, e do surgimento da
obra de Luis de Camões, o grande escritor clássico da língua.
BIBLIOGRAFIA:
CUNHA, Celso Ferreira da – Gramática da
Língua Portuguesa.
NICOLA, José de/ TERRA, Ernani – Português
Ensino Médio, Vol. 1, Editora Scipione, 1ª. Edição, 2000, São
Paulo/SP.
ALBERGARIA, Lino de/FERNANDES, Márcia/ESPESCHIT,
Rita – Português na Ponta da Língua 8ª. Série do Ensino
Fundamental, Editora Dimensão, 2000, Belo Horizonte/MG.
SISTEMA UNO DE ENSINO, Diferencial
Assessoramento ao Estudante, Apóstila 1, História, São Paulo/SP
Obs: Texto retirado do site http://portugues.camerapro.com.br/tema-1-nocoes-de-historia-da-lingua-portuguesa/
Acessado dia 17/08/2016.
Dificuldades da Língua Portuguesa
Centro
Territorial de Educação Profissional da Bacia do Paramirim – CETEP-BP
Curso: Série/Módulo: Turma: Turno:
Disciplina: Português
Instrumental
Professor:
Joselino Educando:
Dificuldades da Língua Portuguesa
1. A / HÁ
Emprega-se a na indicação de tempo
futuro; emprega-se há na indicação de tempo passado.
Ex.: Ela voltará daqui a um ano.
Ex.: Eu não a vejo há muito tempo.
2. A FIM DE /
AFIM
A fim de
é
uma locução prepositiva, que indica finalidade; afim é
adjetivo e significa semelhante.
Ex.: Voltei a fim de resolver esse
problema
Ex.: Os dois tinham interesses afins.
Ex.:
Finalmente encontrei um adversário afim.
3. ACERCA DE /
HÁ CERCA DE / A CERCA DE / CERCA
Acerca de
é
uma locução prepositiva e corresponde a “a respeito de”; há
cerca de equivale
a “há aproximadamente”; a cerca de equivale a
distância e cerca de equivale a
aproximadamente.
Ex.: Falou-me acerca de seus
problemas.
Ex.: Há cerca de dois anos não o vejo
em Campo Grande.
Ex.: Moro a cerca de duas quadras da
escola.
Ex.:O candidato recebeu cerca de trezentos
novos.
4. AO INVÉS DE /
EM VEZ DE
Ao invés de
significa
“ao contrário de”; em vez de equivale a “em lugar
de”.
Ex.: Ao invés de baixar, a taxa de
juros subiu neste mês.
Ex.: Em vez de nos ajudar, ele
nos prejudicou bastante.
5. AONDE / ONDE
Usa-se aonde com verbos
dinâmicos, isto é que dão ideia de movimento, equivale a “para onde”; usa-se onde,
com verbos que não expressam a ideia de movimento. e de onde ou
donde com verbos que indicam procedência.
Ex.: Aonde ele vai assim tão cedo?
Ex.: Onde você nasceu?
Ex.: De
onde você saiu?
Ex.: Donde você surgiu?
6. MAS / MAIS
Ø Mas
é
uma conjunção coordenativa adversativa (expressa uma idéia contrária, oposta).
Ex: Ele pretendia apoiá-la, mas
desistiu.
Mais
indica quantidade, é o contrário de menos.
Ex.: Converse menos e trabalhe mais.
7. MAL /
MAU
Ø A
palavra mal classifica-se como:
ð advérbio de modo –
contrário de bem, equivale a “incorretamente”.
Ex.: O contrato estava mal redigido.
ð
substantivo – contrário de bem,
pode vir antecedido de artigo, adjetivo ou pronome.
Ex.: O mal dele é acreditar em tudo
que lhe falam.
ð
conjunção subordinativa adverbial temporal –
equivale a “assim que”, “logo que”.
Ex.: Mal cheguei, começaram as
comemorações.
ð
prefixo – mal-educado, malcriado,
mal-humorado, etc.
Observação:
Há exigência
do uso do hífen quando o prefixo mal for sucedido de uma
palavra que se inicie com vogal ou com a letra h.
Mau
é adjetivo e, portanto, modifica um substantivo.
Ex.: Ela está sempre de mau
humor.
8. SENÃO / SE
NÃO
Ø Use
senão quando equivaler a:
Ø Ex:
Luta, senão estás perdido! ( do contrário)
Ø Ex:
Não era ouro, nem prata, senão ferro. ( exceto)
Ø Ex:
Ninguém, senão os irmãos dele, compareceram à festa. ( a não ser)
Ø Ex:
Não encontrei um senão em seu trabalho. ( erro, defeito)
Ø Use
se não em frases que indicam condição, alternativa,
incerteza, dúvida:
Ø Ex:
Se não for possível, me avise. (condição)
Ø Ex.:
Havia dois jogadores, se não três. (incerteza)
9. NA MEDIDA EM
QUE / À MEDIDA QUE
Ø NA
MEDIDA EM QUE exprime relação de
causa e equivale a porque, já que,
uma vez que.
Ex.: O fornecimento de combustível foi interrompido na
medida em que os pagamentos não vinham sendo efetuados.
Ex.: Na medida em que os
projetos foram abandonados, a população carente ficou entregue à própria sorte.
Ø À
MEDIDA QUE indica proporção, desenvolvimento
simultâneo e gradual. Equivale a “à proporção que”.
Ø Ex.:
Os verdadeiros motivos da renúncia foram ficando claros à medida que as
investigações iam obtendo resultados.
Ø Ex.:
A ansiedade aumentava à medida que o prazo fixado ia chegando ao
fim.
10. QUE / QUÊ
Ø Que
é pronome, conjunção, advérbio ou partícula expletiva. Por se tratar de
monossílabo átono, não é acentuado.
Ex.: O que você pretende?
Ex.: Você me pergunta o que vou fazer.
Ex.: Convém que o assunto seja
discutido seriamente.
Ex.: Quase que me esqueço de avisá-lo.
Ø Quê recebe acento quando:
•
representa um monossílabo tônico. Isso
ocorre quando encontramos um pronome em final de frase, imediatamente antes de
um ponto (final, de interrogação ou exclamação) ou de reticências;
•
ou quando quê é um substantivo
(com sentido de ‘certa coisa’ ou uma interjeição (indicando surpresa, espanto).
•
Ex.: Afinal, você veio fazer o quê?
•
Ex.: Você precisa de quê?
•
Ex.: Há um quê
inexplicável em sua atitude.
•
Ex.: Quê! Conseguiu chegar
a tempo?
11. A PAR / AO
PAR
•
A par tem
o sentido de bem informado, ciente.
Ex.: Mantenha-se a par de tudo o que
acontecer.
Ex.: É importante manter-se a par das
decisões parlamentares.
Ø Ao
par é uma expressão usada para indicar
relação de equivalência ou igualdade entre valores financeiros (geralmente em
operações cambiais).
Ex.: As moedas fortes mantém o câmbio praticamente ao
par.
12. EMPREGO DOS
PORQUÊS
Ø Por
que (separado e sem acento):
Normalmente usado no
início de frases interrogativas. Pode ser substituído por: pelo qual, pela
qual, pelos quais, pelas quais, por qual motivo.
Ex.: Por que temos
de economizar água?
Ex.: Não sei por
que os jogadores estão discutindo jogadores...)
Ex.: Este é o motivo por
que não fui à excursão.
Ø Por
quê (separado e com acento):
Quando
também estiver escrita ou subentendida a palavra razão e quando aparecer
no final de frases.
Ex.:Você
não fez a lição. Por quê?
Ex.:
Muitos reclamaram das notas, mas não havia por quê.
Ex.:
Você não gosta de jiló, por quê?
Ø Porque (junto e sem
acento): Usamos em respostas, para explicação ou causa. Pode ser substituído
por, pois.
Ex.:
Ele não fez a lição porque não a entendeu.
Ex.: aula foi cancelada porque não
havia luz na escola.
Ex.:
Muitas plantas morrem porque não chove.
Ø Porquê
(junto e com acento): Sempre que houver o
artigo o antes dele. Pode ser substituído por motivo, razão.
Ex.:
Você não me explicou o porquê da sua falta.
Ex.:
Ainda bem que você me explicou os porquês da sua demissão.
Ex.:
Aprender o uso dos porquês é muito importante.
13. AO ENCONTRO
DE / DE ENCONTRO A
Ø AO
ENCONTRO DE indica
ser favorável, aproximar-se de.
Ex.: Ainda bem que sua opinião veio ao
encontro da minha. Pudemos, assim, unir nossas reivindicações.
Ex.:
Quando a viu, foi rapidamente ao seu encontro e a abraçou
afetuosamente.
Ø DE
ENCONTRO A indica oposição, choque, colisão.
Ex.:
Como você queria que eu o ajudasse, se suas opiniões sempre vieram de
encontro as minhas? Nós pertencemos a mundos diferentes.
Ex.:
O caminhão foi de encontro ao muro. Ninguém se machucou, mas os
prejuízos foram grandes.
14. DEMAIS / DE MAIS
Ø Demais
pode ser advérbio de intensidade, com o sentido de muito. Aparece
intensificando verbos, adjetivos ou outros advérbios.
Ex.:
Aborreceram-nos demais.
Ex.:
Isso nos deixou indignados demais.
Ex.:
Estou até bem demais.
Ø Demais
também
pode ser pronome indefinido, equivalendo a “aos outros”, os restantes.
Ex.: Resolvi partir sozinho, deixando aos demais
a liberdade de escolher.
Ex.: Fiquei sabendo posteriormente que os demais
membros da comissão também acabaram abandonando os projetos.
Ø De
mais pode significar o contrário “de
menos”; ou ainda, “de mais um”.
Ex.:
Não vejo nada de mais em sua atitude! Nem de mais, nem de menos.
Ex.:
Preciso de mais um copo de leite.
15. PARA EU / PARA MIM
Ø Usa-se
para eu, quando o eu é
sujeito (geralmente seguido de um infinitivo).
Ex.: Empresta-me este livro para eu
ler.
Ø Usa-se
para mim, quando, após essa expressão, não existir
verbo (ou, em estando ali o verbo, o
pronome não for o seu sujeito).
Ex.: Empresta este trabalho para
mim.
Ø Lembre-se:
MIM nunca faz nada, portanto MIM não
pode ser sujeito.
16. POR ISSO, DE
REPENTE e A PARTIR DE
São expressões que, por serem compostas
por vocábulos independentes, são grafadas separadamente.
Por isso (e
não porisso), de repente (e não derrepente), por isto (e
não poristo), a partir de (e não apartir de).
17. ENFIM / EM
FIM
As expressões enfim (=
finalidade) e em fim (= no final) não devem ser confundidas: enfim escreve-se
junto, com N; e em fim constitui-se de dois termos, a preposição em
+ o substantivo fim.
Ex.:
Enfim sós, graças a Deus.
Ex.:
Estes profissionais estão em fim de carreira.
18. SEQUER / SE QUER
n Não disse sequer uma palavra
para agradecer. (“pelo menos”, “ao menos”)
n Se
quer pedir demissão, peça. (conjunção “se” mais o verbo
“querer”)
19. AO NÍVEL DE
/ EM NÍVEL DE
n Ao
nível de à à mesma altura.
O barco estava ao nível do
mar.
n Em
nível de à hierarquia.
Isso foi resolvido em nível de
governo estadual.
n Obs:
A nível de não existe!
20 . EM PRINCÍPIO / A
PRINCÍPIO
n Em
princípio à
em
geral.
Em princípio,
concordo com tudo isso.
n A
princípio à
no
início.
A princípio, eu lecionava
inglês; agora, leciono português.
EXERCÍCIO - FIXAÇÃO - PRATIQUE!
1) Complete com a opção correta:
a)
_________________
o tempo passava, ele ia ficando mais nervoso. (à medida que / na medida em
que)
b)
_________________
você aceitou o emprego, não pode reclamar. (à medida que / na medida em que)
c)
Ele saiu
_________________ horas. (a / há)
d)
Corra que
você chegará _________________ tempo. (a / há)
e)
_________________
ficar folheando revistas, vá estudar. (em vez de / ao invés de)
f)
Você não se
saiu _________________ durante o debate (mal / mau)
g)
Há apenas um
____________ em seu passado. (senão / se não)
h)
Fale baixo
_________________ quiser ser ouvida . (senão / se não)
i)
Ele
passou _________________ corredor
apressadamente. (pelo o / pelo)
j)
_________________
vestibular deveria ter redação. (todo / todo o)
k)
Eles estão _________________ de arranjar outro
emprego. (afim / a fim)
l)
Eu e meu
chefe temos ideias _________________. (afins / a fins)
m)
_____________ de dez analistas de sistema
estavam discutindo _____________ de computadores velozes. (acerca / cerca /
há cerca)
n)
Eu queria _________________ conversa sobre
esse assunto. (menos / menas)
o)
_________________ ele foi mandado embora por
justa causa. (de repente / derepente)
p)
Eu irei trabalhar sozinho _________________ de
segunda-feira. (a partir / apartir)
q)
Várias
pessoas expuseram opiniões que vieram _________________ minhas durante o
debate, o que muito me animou. (ao encontro das / de encontro às)
r)
Muitas pessoas têm opiniões que vêm
_________________ minhas, o que não chega a me desanimar. (ao encontro das /
de encontro às)
s)
Não há nada
_______________ em sua atitudes, mas ele trabalha ___________. (de mais /
demais)
t)
Não gosto de
teatro, ___________ tenho de admitir que estas foram as cenas ______
emocionante que vi. (mas / mais)
u)
_________________
está seu orgulho? (onde / aonde)
v)
Irei ________________ estiverem prestando
assistência médica. (onde / aonde)
w)
Ele não
informou ____________ o novo endereço. (sequer / se quer)
x)
Joana
preferiu viajar __________ de fazer uma festa de aniversário. (em vez de /
ao invés de)
y)
Ele enviou o
relatório __________ analisar. (para eu / para mim)
z)
A promoção
começará ___________ desta semana. ( a partir / apartir)
2) Complete com PORQUE, PORQUÊ, POR QUE OU POR
QUÊ:
a)
Não sei
_________________ você tem tanto medo da informatização.
b)
Ele está
assim _________________ perdeu o emprego.
c)
Não fez o
trabalho _________________ passou a noite inteira jogando.
d)
A causa
_________________ lutamos é muito justa.
e)
Eu quero
saber o _________________ do seu aumento de salário.
f)
Eles não
dormiram _________________?
g)
Não se sabia
o _________________ da tua revolta.
h)
_________________
a empresa não comprou programa pirata? _________________ é crime.
i)
Jamais te
pedirei emprego. Sabe _________________?
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